Inicialmente precisamos entender que hoje em dia temos dois tipos de igreja: a histórica que se divide em diversos formatos como os “pentecostais”, “tradicionais“, “anglicana”, “católica”, entre outros movimentos.

Já a outra definição que temos de Igreja esta com “I” maiúsculo, somente Jesus conhece e pode ser encontrada em qualquer lugar. Basicamente é uma Igreja dentro da igreja!

Vamos começar a explicar detalhadamente o que é a igreja histórica e suas vertentes:

O que é Igreja (Históricamente Falando)?

Historicamente falando, a palavra “igreja” tem múltiplos significados e contextos, evoluindo ao longo do tempo para abranger diversas dimensões.

No grego por exemplo, igreja significa ekklesia e no latim ecclesia, que significa assembléia pública.

Podemos portanto afirmar que igreja é um ajuntamento de pessoas que pensam da mesma forma e possuem principios baseados na ética cristã.

Atualmente existem várias vertentes sobre o termo igreja. Podemos destacar a igreja Católica Apóstolica Romana, a igreja Anglicana, a igreja Ortodoxa, a igreja Reformanda, entre outras… Vejamos mais sobre esses modelos de igrejas:

A igreja Protestante

O termo “protestante” engloba uma variedade de tradições e doutrinas que se originaram a partir da Reforma Protestante no século XVI.

Essas igrejas enfatizam a autoridade das Escrituras, a justificação pela fé e outras doutrinas centrais da Reforma.

Elas variam em estilo de adoração, crenças e organização, incluindo denominações como luteranas, reformadas, anglicanas reformadas e outras.

A igreja Católica Romana

A igreja Católica Romana é uma das maiores tradições cristãs, com uma hierarquia centralizada no Papa.

Ela enfatiza a tradição, a Eucaristia e o papel de Maria e dos santos na vida cristã.

A igreja Batista

As igrejas batistas enfatizam a autonomia local, o batismo de crentes por imersão e a separação entre igreja e estado.

Elas valorizam a pregação da Palavra e a evangelização. Exemplos incluem a Convenção Batista do Sul e a Convenção Batista Brasileira.

A igreja Reformada

As igrejas reformadas têm suas raízes na Reforma Protestante liderada por figuras como Martinho Lutero e João Calvino.

Elas enfatizam a autoridade das Escrituras, a salvação pela graça através da fé e a soberania de Deus. Exemplos incluem as igrejas Presbiteriana, Reformada e Luterana.

A igreja Ortodoxa

A igreja Ortodoxa é uma das mais antigas tradições cristãs, dividida em várias jurisdições nacionais.

Ela enfatiza a liturgia, a veneração dos santos e as tradições apostólicas.

Exemplos incluem a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Ortodoxa Copta.

O que é Igreja? A igreja Anglicana

A igreja Anglicana é uma tradição que se originou na Inglaterra e tem uma estrutura litúrgica semelhante à Católica Romana, mas com uma ênfase na autoridade das Escrituras e na adoração em língua vernácula.

A Comunhão Anglicana é uma rede global de igrejas que compartilham essa tradição.

As igrejas Neo-Pentecostais

As igrejas neo-pentecostais, também conhecidas como igrejas carismáticas, têm características semelhantes às pentecostais, mas muitas vezes colocam maior ênfase em prosperidade material, curas e milagres.

Exemplos incluem a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus e a Igreja Renascer em Cristo.

O que é Igreja? As igrejas Pentecostais

As igrejas pentecostais enfatizam a experiência do Espírito Santo e dos dons espirituais, como línguas, profecias e curas.

Elas valorizam a conversão pessoal, a vida de santidade e a adoração emotiva.

Exemplos incluem a Assembleia de Deus, a Igreja do Evangelho Quadrangular e a Igreja Pentecostal Unida.

Uma Crítica ao Modelo atual da igreja

A igreja atual tenta, erroneamente, manter o padrão da liberdade da graça em Cristo e manter o status de “igreja-Estado”, como nos é amplamente divulgado no antigo testamento.

A igreja atual se perde porque quer desesperadamente que a liberdade da graça tenha limites e ao mesmo tempo seja a “liberdade” que Paulo fala aos Gálatas.

Um exemplo disto é o fato de a “igreja-Estado” dizer que se você não der o dízimo ao “sacerdote” atual o “devorador” ira destruir as suas economias.

No entanto a mesma igreja-Estado, prega que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Como pode ele ter levado sobre si todas as nossas maldições e ainda sim, sob o domínio do medo e da barganha precisarmos pagar a Deus o que já foi pago na cruz?

Este é só um pequeno exemplo de como a igreja, ao tentar ser a igreja-Estado, se perdeu em meio as suas barganhas.

A igreja no seu modelo atual é problemática porque não sabe discernir “o mundo do mundo”.

Precisa criar um “mundo paralelo” para o filho da igreja-Estado, conhecido como “evangélico”, não viver em “delitos e pecados”. Por isso temos músicas, mas só podemos ouvir as “evangélicas”!

Por isso temos livros, mas só podemos ler os “evangélicos”!

Por isso temos filmes, mas só é aconselhável assistir aos “evangélicos”!

Por isso temos o sagrado e o profano, mesmo que em Cristo tudo seja licito!

No entanto, mesmo tudo me é licito, o bom senso que em mim instalado pela Graça de Deus sabe o que será bom para mim, por isso ouço, leio e assisto somente o que é bom, porque antes do “pode ou não pode”, há o bom senso e a sabedoria, a liberdade e a moderação!

A igreja atual diz que somente os que a frequentam e se consideram do “cristianismo”, serão salvos. Isto porque ela não acredita que os “publicanos e as prostituas nos precedem no Reino dos céus”.

Esta mesma igreja esquece que Jesus nunca fundou o cristianismo e nem precisou de “templos”, visto que hoje, na Graça que nos salva, não somos mais santificados pelo lugar mas sim santificamos o lugar, pois onde estiverem dois ou três reunidos em seu nome, ali ele estará, pois já está em mim, independente de onde eu esteja!

A igreja no seu modelo atual não prega a cura pela Graça, mas sim pela barganha: “Tragam os dízimos, os carnes pagos, os envelopes cheios e as janelas do céu se abriram…”.

O problema da igreja é que ela não entende que é pela Graça!

Ela não entende que se dou, preciso dar de bom grado e antes de despejar qualquer oferta, Jesus disse para se reconciliarmos com o nosso irmão, visto que em Cristo todos nós lavamos os pés uns dos outros com alegria!

Agora, o que é Igreja?

Igreja não pode ser um movimento, pois historicamente os “movimentos” tiveram começo, meio e fim.

A Igreja não pode ser Estado, como no antigo testamento, visto que Jesus é o fim de toda a lei.

A Igreja não pode ser definida pelo cristianismo, já que Jesus não fez parte dele!

Na realidade a Igreja é aquela que obedece as palavras de Jesus, independente de onde esteja, da capacidade intelectual ou da “religião que professa”. Jesus disse que “…qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.”

O que é igreja
 

Igreja é todo aquele que é sal da terra e que em sendo sal, dá gosto a vida do outro com paz, amizade e sinceridade…

Igreja é todo aquele que é luz do mundo, no mundo. Iluminando as pessoas pelo caminho, dando graça porque recebeu de Deus o maior dos dons: o Amor…

O que é Igreja? Igreja é todo aquele que dá de comer ao que tem fome…

Igreja é todo aquele que dá de beber ao que tem sede…

Igreja é todo aquele que anda com o inimigo o quanto for necessário. Não porque isto seja legal, mas porque se quiser um dia receber misericórdia e amor, da misericórdia e amor…

O que é Igreja? Igreja é todo aquele que, ao encontrar um ferido no caminho, muda o curso de sua existência pelo bem do próximo…

O que é Igreja? Igreja é todo aquele que acolhe o órfão…

Igreja é todo aquele que prefere dar do que receber…

Igreja é todo aquele que caminha com Jesus pela própria consciência…

O que é Igreja? Igreja é todo aquele que não desiste de fazer o bem…

Igreja é todo aquele que prefere perder a guerra e ganhar a paz…

Igreja é todo aquele que não faz barganhas com Deus, antes confia na sua providência…

Igreja é todo aquele que caminha pela vida com fé…

O que é Igreja? Igreja é todo aquele que se ajoelha para lavar os pés dos irmãos, não porque os outros estejam mais sujos que ele, mas porque acredita que em Deus, já estamos todos banhados de Graça…

Agora, talvez você se pergunte: “mas se é pela Graça e não pelas obras, porque Igreja é quem pratica o bem pelo caminho?”

Ora, a resposta é simples: Crendo eu que por mim já está pago, feito e consumado e que não há barganhas e nem sacrifícios a fazer, faço o bem!

Não porque a minha salvação dependa da quantidade de pessoas que eu ajude, mas sim porque assim fazendo eu estou na realidade fazendo a aquele que morreu por mim.

Isto porque creio que todos nós, somos pequeninos de Jesus!

Faça parte da Igreja, esta não carrega placa, nem registro e nem estatuto!

Já que a placa seria pequena demais para identificá-la, o registro a limitaria e o estatuto já está revelado: o Amor!

Paz e Graça!

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8 Comentários

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  1. Graça e Paz estejam convosco !
    Inicialmente quero concordar com quase tudo em que o irmão ou irmã que postou o estudo, discordando apenas de uma pequena parte, exatamente no trecho que diz: “……A Igreja não pode ser Estado, como no antigo testamento, visto que Jesus é o fim de toda a lei……”; sim, concordo também que a Igreja não pode ser um Estado, contudo Jesus não é o fim de toda a lei, e nem à aboliu, visto que Ele próprio disse: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Mateus 5:17”. Segundo meu entendimento, o texto correto a ser aplicado no post seria: “……A Igreja não pode ser Estado, como no antigo testamento, visto que Jesus é o fim de toda a MALDIÇÃO da lei……”, conforme o Apóstolo Paulo enfatiza: “Cristo nos resgatou da MALDIÇÃO da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Gálatas 3:13”. Mas, que maldição da lei seria esta que o Apóstolo se refere ? É exatamente a lição do velho testamento citado pelo Apóstolo aqui: “Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na LIÇÃO do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; 2 Coríntios 3:14”, e o próprio Apóstolo enfatiza: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei. Romanos 3:31”, é importante o cristão saber desses detalhes, porque esta suposta abolição da lei vem causando várias dúvidas, polêmicas e heresias, pois já sites evangélicos sendo rechaçados onde alegam a incoerência bíblica por não cristãos alegando que se Jesus aboliu toda a lei, onde diz:”…não adulterarás….., não matarás…., não dirás falso testemunho, logo a raça humana então pode fazer o que bem entende, tendo inclusive o aval de Deus.

    • Olá Jorge, graça e paz!

      Claro que Cristo é o fim da lei! Paulo nos diz: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” Romanos 10:4. A lei foi abolida, e hoje impera a lei do amor ao próximo. Pois a lógica é simples: eu não adultero contra o meu próximo quando eu o amo em Cristo! Eu não mato o meu próximo quando eu o amo em Cristo!

      A abolição da lei causa problema entre os cristão porque a maioria deles anda na “esquizofrenia da graça”. Eles não sabem se invadem uma Jerico com paus e pedras ou se se tornam mansos como Jesus disse para ser! Eles não sabem se dão o dizimo como uma obrigação e com a ameaça do “devorador”, ou se a oferta é voluntária (cada um dê segundo o seu coração e as suas condições)

      Por isso Jorge, Cristo é o fim da lei, pois se não o fosse, qual o sentido do seu sacrifício na cruz? A lei se torna uma maldição, pois não há como cumpri-la! Se fosse pela lei, estaríamos todos condenados, pois a lei veio para que a graça superabunde em nossa vida. Quando a graça ganha significado em nossas vidas, o amor se torna o único dogma a ser cumprido, pois se a graça de fato me alcançou, nada mais justo que eu espalhá-la em forma de amor e ajuda ao próximo.

      Que Cristo nos ilumine!

      Graça e Paz!

  2. Graça e paz a todos os irmãos!
    Mais uma vez vou concordar em parte com o post, simplesmente concordo que Jesus é o fim da maldição da lei, por não sermos capazes de cumpri-la, e se não somos capazes de cumpri-la, é porque não sabemos interpretá-la, eis que a lei Divina não era, não é e nunca foi para ser maldição, mas sim, conforme o Apóstolo Paulo afirma em Romanos 10:4, “….para justiça de todo aquele que crê.”.Nesse caso, cabemos então perguntar: E para aqueles que não creem, a lei continua valendo? Se a reposta for sim, então a lei continua sendo válida, não é? Pois para que haja amor com o próximo e principalmente amor a Deus, é necessário que se entenda o que é justiça, misericórdia e fé, pois em Tiago diz assim: Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo. Tiago 2:13, ressaltando que lei nunca é uma forma de castigo e punição divina, conforme era entendida no Velho Testamento, pois foi para isso que Deus deu a lei a Moisés, e Jesus falava isto o tempo todo, Mateus 23.23, e foi para isso que Jesus veio e se sacrificou por nós, não para ser o fim da lei Divina, mas sim para ser o fim da lei dos homens que estava fazendo da lei Divina a sua lei, e que infelizmente continua fazendo até hoje, e é isto que eu quero chamar a atenção, por não sabemos interpretar e cumprir a lei Divina, vivemos tanto na esquizofrenia da graça quanto na libertinagem da graça, pois não deixamos de considerar que há “crentes” pasmem!!! que entende que o amor gay estar de acordo com o amor que Cristo nos ensinou, por simplesmente Jesus ter abolido a lei, e isto não passa de uma heresia sem tamanho. Há aqueles que alegam que Jesus aboliu o dízimo porque aboliu a lei sacerdócio levítico, ou seja, querem viver na usura do amor a dinheiro do que viver no amor da graça que Deus nos deu. Quando Paulo afirma que Cristo é o fim da lei para aquele que crê, está afirmando que os que creem, a lei passa ser como Jesus Cristo, que cumpriu toda a lei de cabo a rabo.

    E que o Mestre nos ilumine!

    • Jorge entendo o seu ponto de vista, mas ainda acredito que o amor é o único dogma que me resta neste mundo. Como já expliquei, onde a amor não sobra espaço para nenhum tipo de libertinagem pois a minha consciência quando voltada para o amor sabe o que é bom. “Tudo me é licito, mas nem tudo convém”. Quem me diz o que convêm ou não, não é mais uma lista de regras mas sim a minha consciência que sabe que, se for posta diante de Deus será achada em falha, mas antes disto prefere agir como o Administrador Infiel de Lucas 16 e passa a fazer o que Jesus disse: “Das riquezas de origem impróprias, fazei amigos para que quando estas vos faltarem, estes amigos vos recebam em suas casas…”. Daí eu passo a amar os gays ou qualquer outra pessoa, pois se sou discípulo de Jesus preciso agir como ele agiu. Observe como ele diz que o adultério é errado, agora me responda: como ele trata a mulher adultera?
      Não a conivência com o pecado, mas a perdão e libertação pela Graça!

      Paz e Graça amigo!

  3. Parabéns ótima reflexão
    Esse contraste que há nas ” igrejas”
    Tem confundido muito a vida do cristão, como compreender a bíblia se o que a igreja tem pregado é somente a lei, isso me parece mais um jeito de prender as pessoas a religião e não ensinar o verdadeiro evangelho.
    Querem você na igreja, não importa se você seja salvo ou não.

    • Com certeza Luciana!
      Infelizmente essa é a dinâmica que temos na igreja hoje em dia. Que Deus nos ajude para aos poucos mudarmos essa mentalidade.

      Fica na Paz Luciana!