Certamente uma das parábolas que as pessoas mais se perdem quando vão tentar entender é a parábola do Administrador infiel ou Parábola do Mordomo Infiel, onde Jesus nos mostra que a existência requer “malandragem santa” para ser interessante.

Não vou colocar o texto bíblico aqui, mas se você não possui uma Bíblia por perto clique aqui para ler o texto que está em Lucas 16.

Entendendo a Parábola do Mordomo Infiel ou Administrador Infiel

Jesus fala de um administrador que estava sendo infiel para com o seu patrão (isso não te lembra ninguém?).

Na realidade ele estava roubando o seu patrão de uma forma muito inteligente.

Diz o texto que o Administrador estava acrescendo um valor as dívidas que os devedores de seu patrão tinham. O texto diz:

“Tendo chamado cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu patrão?
Respondeu ele: Cem cados de azeite. Então, disse: Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve cinquenta.” Lucas 16: 5 e 6

Isso significa que este devedor, por exemplo, devia somente cinquenta cados de azeite (cinquenta cados de azeite, seria o mesmo que 1750 litros), o administrador infiel tirou somente o que ele acrescia a dívida fazendo o devedor acreditar que ele estava sendo generoso.

Já para o patrão chegaria tudo na quantia esperada. Entendeu?

Jesus diz mais outro exemplo de como o administrador infiel ou mordomo infiel foi “malandro”. Veja:

” Portanto, perguntou ao outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.” Lucas 16: 7

Neste caso o devedor devia certa de oitenta coros de trigo, mas o administrador havia cobrado cem, logo ao cobrar a divida correta o administrador ganhou a “compaixão” do devedor.

Assim o administrador infiel fez o devedor acreditar que ele estava sendo generoso, e assim quando o patrão o despedisse, ele poderia pedir ajuda a essas pessoas que supostamente haviam sido beneficiadas por sua “generosidade”.

O que Jesus quis dizer ao contar essa parábola?

Então o que Jesus nos ensina nessa parábola é que na vida todos nós somos administradores infiéis (administramos os nossos talentos de maneira infiel, nossa vida de maneira infiel e tudo que Deus nos dá nós administramos de forma infiel), e que todos nós fomos pegos “fraudando” o nosso patrão (Deus).

Mas que chegará o momento em que todos nós teremos que prestar contas a esse patrão, e como sabemos que não teremos como pagar, devemos fazer como esse administrador infiel:

Acreditar na generosidade humana e apostar tudo nisso!

Acreditar que os misericordiosos sempre vão alcançar misericórdia!

É isso que Jesus diz, veja:

“E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos.” Lucas 16: 9

Jesus está nos dizendo para transformarmos as nossas riquezas em amizade eterna!

Ou seja, ajuntar tesouros no céu, porque ao invés de aproveitar a oportunidade para roubar um pouco mais, o malandro do administrador infiel resolve apostar tudo na generosidade e acreditar que “eles iriam recebê-lo nos tabernáculos eternos”.

E é isso que eu e você devemos fazer: sempre que tivermos que escolher, devemos acreditar na misericórdia!

Espero que tenha entendido.

Até Já!

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